04/12/2006 18h22
Poderosíssimas
Rosa Pena

Somos a paz e o tormento.
O fora, o dentro
o excesso, o escasso.
Feitas de barro
desafiamos o aço.
A mão livre e a contramão.
Desobedientes ao compasso.
Seguimos contra ao vento.
Movimento.
Pedras que se transformam em areia
o papel que vira diamante.
Mas odiamos o machão!
Tipinho que prende e arrebenta.
Basta-nos um homem galante
que dê um bom amasso
acompanhado de um beijo
gênero injeção na veia.
Não há poderosa que agüenta.





foto montagem Sil Sabóia

Grupo Elas & Cia
Rosa Pena- Maria Inês Simões- Ida Dubin - Odete Ronchi Baltazar- Silvana Sabóia-

Publicado por Rosa Pena em 04/12/2006 às 18h22
 
03/12/2006 21h24
Mana
é, ela não faz crônica espartana,
porém, sim, a da vida mundana.
descreve histórias de Copacabana,
da mulher sofrida, tb da bacana;
do cotidiano do que vai em cana,
das sutilezas do homem 'sacana';
a real paixão da sua pena emana,
da escritoras do Amor é Decana.
fala do mal d'amour, e da cigana,
do mundo, a casa-da-mãe-joana.
ama o 'você, eu e uma choupana',
pessoa citadina, não provinciana.
e, se lhe pintar uma má semana,
ela sorri para a Vida, né, Mana?

Moacir et Selena

para a Rosa Pena

Publicado por Rosa Pena em 03/12/2006 às 21h24
 
21/11/2006 15h41
Almodóvar retorna a Almodóvar
Volver


Rosa Pena

Alguns discutem sua genialidade, mas é indiscutível que ele é um grande sacador da humanidade. Com absoluta tranqüilidade, sem a constante preocupação de estar ou não transgredindo a moral, a ética estabelecida pela sociedade, ele discorre sobre alegria de viver por trás do ridículo da existência.

É nesta ilusória simplicidade que se concentra o encanto dele. O choro se mistura ao riso, a raiva ao gozo em instantes. Não existem vítimas e culpados, não existem bandidos e mocinhos. Existem situações na vida onde podemos estar enquadrados em qualquer desses adjetivos.

Não parte para o hollywoodiano, para o drama-policial onde a sentença de vida é fornecida por uma justiça capenga, com leis elaboradas por alguns tão ou mais comprometidos com a violação delas. Parte sim para a compreensão do porque se faz algo que ofende os princípios. Ele desconstrói tranqüilamente o melodrama. As tensões iniciais são invertidas por ele. Sempre de forma natural, sem sentimentos transbordantes, mas não menos dramáticos e hilários.

- Que cheiro forte de peido! Mamãe peidava tanto. Saudades dela.

Raimunda tenta esconder o assassinato do marido, um idiota que cometeu violência contra sua filha. Raimunda merece ser penalizada e perder a oportunidade única de ascensão social por causa de um miserável marido morto?

Almodóvar retorna a sua terra natal para retornar a si próprio, apesar deu achar que ele nunca se perdeu.

Os homens são figuras apagadas no filme, servem apenas de contraponto na vida dessas cinco mulheres.
Como sempre a figura materna presente em sua vida. Na nossa também.


Pedro Almodóvar de enfant terrible a cineasta prodígio.

Com 16 anos, se mudou sozinho para Madri com o objetivo de estudar cinema e, em pouco tempo, envolveu-se com a chamada movida, movimento de contracultura que floresceu na capital espanhola no final do regime autoritário de Francisco Franco. Realizou shows com a banda punk Almodóvar y McNamara, escreveu fotonovelas para a revista El Víbora e realizou curtas em Super-8.

Longa- metragem:

Pepi, Luci e as Outras (1980), Labirinto de Paixões (1982), Maus Hábitos (1983), O que Eu Fiz para Merecer Isso? (1984), Matador (1986), A Lei do Desejo (1987), Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos (1988), Ata-me! (1990) De Salto Alto (1991) , Kika (1993), A Flor do Meu Segredo (1995) ,Carne Trêmula (1997) ,Tudo sobre Minha Mãe (1999) , Fale com Ela (2002), Má Educação (2004), Volver (2006).

Publicado por Rosa Pena em 21/11/2006 às 15h41
 
17/11/2006 16h40
Amante à moda nova
Rosa Pena


Começa assim. Até a bike é mais importante. Depois seqüestra ônibus, cobre a mulher de porrada e declara:
- Foi por amor!
Foi solto, pois é réu primário.Vai ter que matar para virar secundário?
O defensor defendeu o indefensável. O promotor não recorreu.
Ouvi a pergunta de um monte de meninas:
- Por que o caso não foi parar na delegacia das mulheres?
Quem pergunta sou eu!
-Tem delegacia específica de homens, anões, bike, papagaios, macacos, cornos e derivados?
Dia da mulher, delegacia de mulher por quê?
Século XXI! A mulher para viver, ainda precisa pedir, por favor!??!
E os dezoitos milhões continuam a dar porradas e a mandarem flores. As coitadinhas agradecidas, frágeis como uma costela de Adão.
Também quem manda aceitar o título de cachorra por uma tonelada de músculos de cocô?
Que retrocesso para quem pariu o machão.


midi/ 18 toneladas

Publicado por Rosa Pena em 17/11/2006 às 16h40
 
12/11/2006 11h03
"no infinito de nós dois"
Rosa Pena

para Antonio Pena


Seu amor me é servido em taça de cristal, em tempos de copo de geléia. Entre espumantes consolidamos o que fomos antes, o que tem sido nosso durante sem nos preocuparmos com o depois.

Nosso coração não tem barra de código, nossos corpos ignoram datas de validades, pois é um amor que não está em prateleiras, nunca precisou passar por controle de qualidade.Quantas vezes eu me indago como você aceita esse meu jeito tão repleto de inconstâncias.A resposta habita no espelho onde em meu reflexo vejo seus olhos e não os meus. Entre chuva e sol viro arco-íris. Você sempre o horizonte.
Nós completamos o infinito.







Feliz aniversário.

Publicado por Rosa Pena em 12/11/2006 às 11h03



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