Aviso II
Rosa Pena
Dispensei a mordaça
e declarei.
Foi mal eu sei.
Vacilei.
Tinha esvaziado a taça.
Sabes era madrugada,
a lua estava triste,
despedaçada.
Eu?
Estava desesperada.
Dai meu coração indiscreto,
declarou meu sentimento secreto.
Mas, é amor... Só amor .
Parece novo, mais é antigo,
pois esteve sempre comigo.
Daqueles que entram
pelas frinchas do postigo,
misto de presente e castigo.
Mas te aviso:
-Não corres perigo.
Só falei contigo.
Dono absoluto deste sentimento.
Confessei a ti o meu tormento,
de pensar em nós a cada momento.
Sei que é amor do talvez
que não se fez,
daqueles que não tiveram vez.
Afinal, nada me prometeu!
Eu, apenas eu,
te imaginei meu.
2003
Rosa Pena
Enviado por Rosa Pena em 16/03/2005
Alterado em 22/10/2008