É uma dor maior do que a de um parto, até porque nele, nasce o fruto da espera, mas essa coisa de torcer para ser campeão quando já se está na zona de rebaixamento, não querer reconhecer que tudo jaz (irremediavelmente morto), de mendigar solitária pela volta do par, por não saber conviver com a triste realidade de ter virado ímpar.
... Zero é par ou ímpar?
A poeira da nostalgia se espalha pela casa, escolhida para ser o nosso lar.
....Ah! Chega!
Tento enganar (a quem!?) Com sombras e batons? Que vergonha de mim, da minha fé, crença, dedicação...
Sinto uma imensa piedade desses meus olhos rabiscados com o rímel da fantasia, que, apesar da traição, do desrespeito as juras, ainda almeja sua volta. Que dó de mim!
Rosa Pena
Enviado por Rosa Pena em 16/10/2017
Alterado em 16/10/2017