Nuvens brancas não passam em brancas nuvens
 
Há um momento na vida que as afeições "declaradas" eternas, chegam ao balanço de tempos divididos intensamente e o presente onde nem sempre entra o "Inseparáveis".
 
As ruas agora são paralelas e por mais que se busque uma transversal para um encontro percebe-se que o afeto, carinho, o número de lembranças acumuladas lá atrás, excede o volume das que chegam e as que estão previstas no futuro. A percepção de que essa amizade agora se baseia inteiramente no vivido, nas lembranças, que não existe nada senão o "foi", tira sua vontade, seu tempo para um chopinho, para trocas de confidências e começa a se ter a sensação de obrigação da gentileza, o fingimento, as desculpas babacas...
 
Que droga, não é um sentimento qualquer, é uma ternura que foi (é !?) imensa. Perde-la na falsidade? Não! Para blinda-las do lado esquerdo do coração é melhor não forçar uma barra de com “fomos essenciais” e nada somos mais. Afastados sem pretextos vazios. Muitas vezes, saber que um apego verdadeiro completou seu ciclo sem morte, apenas mudanças de rumo, acende a grande sensação de conforto que valeu o tempo em que rendeu tantos frutos.
São alguns capítulos de sua vida.
 
Amigo não se perde nem com a morte. Transita em nossas mentes e corações nos lugares mais nobres.
Tanto no presente como no particípio. Todos fazem parte de sua biografia.
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Rosa Pena
Enviado por Rosa Pena em 06/08/2017
Alterado em 28/08/2018
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