Algumas pequenas ilusões, daquelas tolas esperanças, perder uns quatro quilos, ter coragem de ficar uns dois meses em Portugal, um creme igual ao da propaganda da filha do Alckmin que fica lisinha na mesma hora por cem reais e sem dor, encontrar uma coloração de cabelo que não deixa a gente com cara de Retiro dos Artistas, um marido calmo, um transito que flui, um Temer que surta e sai fora. Uns dias ruins, uns dias mais ou menos, dia bom é pedir muito. Uma cidade sem violência onde a Cinderela pode andar na abóbora, errar o caminho e não correr perigo de levarem seus sapatos de cristal ou mais, a sua vida.
Dona Cacilda, que faz faxina aqui em casa, poder fazer mamografia na UPA, que não é “Upa neguinho na estrada, upa pra lá e pra cá”. Claro que estou bem, acordei de um sono de remédios e sei que hoje entrou 2017, depois da queda da Bastilha e de um monte de carros das escolas de samba. Agora só falta as águas de março com...É pau, é pedra. É o fim do caminho, já estamos.
Rosa Pena
Enviado por Rosa Pena em 01/03/2017
Alterado em 01/03/2017