Nessa madrugada amadureci nossos sonhos com cuidado para não estragar nenhum. Estão no ponto depois de embrulhados no azul da seda. Vamos consumi-los devagar, pressa seca a paixão.
Eu não sei por que... Eu teimo em dizer
Que amo você.
Voltei ainda agorinha do mar. Rezei um Pai Nosso para ver se ele pega a cauda de algum cometa (que não seja o Halley) e traga você até aqui. Se calda de doce voasse eu faria um de amora.
Se eu digo: Pare! Você não repare...No que possa parecer.
A saudade do que não senti de você é danada, imagino que a sua também seja, daí passei a língua nos meus braços para saber o sabor do meu corpo com a água do mar. Queria chegar perto do gosto que você sentiria de mim quando volto da praia. Eu acho delicioso, mas vai que você não goste de sal! Se assim for, avise-me que passo a tomar banho de rio. Outra coisa... Estou bem morena, queimada pelo "astro-príncipe", pois rei é você, mas se for mais de seu agrado uma pele alva, tomo um banho de lua. Pego a receita com a Celi Campello.
Se eu digo: Siga! O que quer que eu diga ...Você não vai entender.
Nessa seqüência amorosa fiz um monte de poesias de cabeça que jamais serão passadas para o papel. Não importa, a poesia mais bela é o seu cheiro depois do amor. Esse poema não poderá ser escrito se não foi sentido?! Quem disse que sonho não tem cheiro?
Mas se eu digo: Venha! você traz a lenha...Pro meu fogo acender.
(imagem:mario-testino)
Rosa Pena
Enviado por Rosa Pena em 29/04/2016
Alterado em 29/04/2016