Gostaria que hoje fosse um sábado de sol na praia do Leme. Eu sentada na areia vidrada no seu corpo que jogava frescobol. Como seria conhecer você hoje e anular tudo que já passou por minha vida? Chegada e partida. Fazer um novo rumo, vivendo dias sensacionais sem sabê-los já vividos. Produzir no existido (agora desconhecido) cores mais intensas, momentos como aquele em que vemos o beija-flor sorver seu néctar. Afundar no seu cheiro e deixar o Boticário sem a menor noção de fragrância, skatear no seu corpo até tomar um mega tombo em seu peito.
Ah! Jamais dormir ao seu lado, perda de tempo, mapear sua anatomia, amplificar o som da sua respiração, acrescentar a nuance dos seus olhos na aquarela de Rembrandt, sua boca musa de alguma Furacão, Hilda, Rosa... Eu lhe olharia como se fosse sempre a primeira vez, com esperanças, certezas, e seria minha doce fortuna carregar esse amor em meus braços. Para sempre, visto que não seria chama. Apenas eterno.
Rosa Pena
Enviado por Rosa Pena em 07/04/2015
Alterado em 07/04/2015