Minha vida é comum, banal, nada que mereça nota. Sem filhos sem árvores plantadas, e livros apenas os que compro. Adoraria ter algo mais para virar sua musa, que guiaria sua mente e seu coração. Se eu fosse uma Marilyn Monroecertamente você já estaria aqui e eu nem ligaria que já anoiteceu sem que eu aproveitasse o dia, sem que eu tivesse tempo de pensar no que não fiz. O sol, para mim, aparece sem brilho, sem graça. Então espero sempre anoitecer (hora dos casados fujões), na esperança de sua volta. Habituei-me à sua presença, às suas mãos nas minhas, à sua voz no meu silêncio, ao seu calor no meu desânimo dos finais do dia, quando escurece, mas ainda não é hora das estrelas.
Você me faz falta e penso se isso é amor. Será que entre nós só importou as curvas do meu corpo, e você se cansou delas? Ou arranjou uma bunda mais roliça? Merda, sempre perdi o que tive na minha vida.
Mas algum dia tive você? Onde mora a verdade completa, inteira, aquela que ninguém sabe, nem quem tem os olhos secos e se diz vencedor? Existe ou não o tão famoso amor? Ódio eu sei que sim. O meu por mim está forte.
Viver é a tarefa mais inglória da vida. Logo a morte é a glória. Então por que o medo de morrer?
Rosa Pena
Enviado por Rosa Pena em 11/01/2015
Alterado em 11/01/2015