Sem Graça
para Maria da Graça Almeida
Rosa Pena
Saudades
do meu mundo de criança.
Nomeava-se um líder
logo deposto.
Eram sinceras as lágrimas
no rosto.
Sem siglas, slogans, partidos.
Apenas
mocinhos e bandidos,
rainhas e princesas,
na fantasia.
Mesmo que brincadeira fosse,
não se roubava nem um simples doce.
Muitas rixas,
mas para aliar-se de novo.
No dia-a-dia
consciência que somos povo.
Todos da mesma raça.
Massa!
Saudades do meu mundo de mocinha
acreditava que na vida
vencia a poesia.
Saudades da Maria da Graça.
Rosa Pena
Enviado por Rosa Pena em 21/02/2005
Alterado em 01/11/2008