O sonho que nem há.


Rosa Pena


Cismo que existiremos no futuro do presente, troquei o peso do meu corpo, pelo de minha alma. Não preciso mais me rastejar de salto alto atrás do que mais quero: Você! Bato as asas que criei com minha leveza para revoar sobre seus ombros. Penso em colocar um colar de pedras em seu peito para que você não fuja, mas acabo por fazer uma gargantilha de ânsias e coloco em mim. Será que é necessário que nos percamos definitivamente para que o pânico cítrico do "acabou de vez" nos assalte? Perdemos nossos sonhos em algum bar pé sujo, mas não perdemos a vontade de estarmos um no outro num café limpíssimo...
Ou muito me engano?

Precisamos refazer o caminho de mentes descalças, orar para que voltem para nós as borboletas verdes, que fujam para Netuno os grilos sem cor e mais que tudo, urge acharmos nossas bocas uma dentro da outra. 
Abro o coração palpitante e espero seu lance. Um dardo mortal ou uma pétala que alisa. 

Imploro: aquiete-o de vez.
Rosa Pena
Enviado por Rosa Pena em 23/09/2013
Alterado em 27/09/2013
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