Sustos do dia-a-dia.
Rosa Pena
Chora bem forte criança. A vida insiste para que você nasça aos berros. Seu amanhã começa no grito de hoje. Ai!
Foram feitas promessas em seu nome, o qual, nem sequer foi lhe dado o direito de escolha. Quem disse que eu queria me chamar Rosangela, ainda mais sem acento? Virei rosa, se bobear adoeço margarida e morro maria-sem-vergonha.
Vim do capim e ao capim voltarei!
Assumiram mil compromissos por você:
Bela, feliz, magra, rica, rainha, amada, casada, mãe, doutora... Ar- condicionada.
Aprenderá, para sobreviver a tantas exigências, a fazer cara de paisagem.
Oi, planta!
Beijará, comprará, venderá, lançará flechas, chorará oportunidades perdidas, vibrará com vitórias, buscará semelhantes, coincidências, amantes, sinais de que está na tribo certa. Entre gemidos, farras, lamúrias, gozos, perdas e ganhos, gritará todas as vogais, mas são nas palavras não ditas que está aquilo de mais íntimo que nós temos. Tão íntimo que, por vezes, por pudor, ou seja, lá pelo que for, nem a nós mesmos as dizemos. Viram sonhos ou monólogos no divã de alguém que ouve em tamoio o que você fala em tupi.
Viva o Xingu que não entende nem eu nem tu!
Sem máscaras, siso, armadura, maquiagem, pompa e circunstância, atrevidamente escrevo mais um livro, soltando o verbo do particípio ao presente. O futuro a Deus pertence. Momentos e sentimentos que eu vi, vivi ou inventei. Estão na ordem cronológica das minhas emoções. Antes de ser linchada pela audácia... F_UI!
livro UI! 2007!
Vendas diretamente com a autora por e-mail, pois a distribuição foi feita só no Rio de janeiro.
pena.rosa@gmail.com
Rosa Pena
Enviado por Rosa Pena em 28/03/2007
Alterado em 20/09/2008