Não sei dizer adeus
Rosa Pena
Finalmente partiu, impregnada de nostalgia, seguindo a trilha indicada pela garoa do outono. Os ombros nostálgicos, mãos arriadas, pois estas nunca aprenderam a dizer adeus, nariz que não mais conseguia distinguir o cheiro da manhã com o odor da noite; distanciou-se de tudo e de todos até chegar ao invisível. Provavelmente perdeu-se entre as cores do arco-íris.
Mas ainda há, alguns poucos sonhadores, que aguardam seu retorno: afirmam que uma rosa exposta ao vento sem metáforas é fragilíssima. Não dura muito tempo sem o calor e a luz da poesia.
Rosa Pena
Enviado por Rosa Pena em 14/10/2010
Alterado em 10/04/2011