Sem rixa e sem chamar o juiz de bicha
Rosa Pena
Acabou a Copa e a vida voltou para a cozinha (aliás, o que se come durante os jogos faz dessa última campeã). Essa na África não desceu redondinha, ainda está na garganta.
Agora é chegada à hora das intermináveis mesas-redondas, quadradas, retangulares para se discutir a relação dos jogadores com as jabulanis, com o treinador, com as mazelas oriundas da Vuvu!
Relações amorosas? Eles, (os homens) odeiam discutir, mas as do Anão com o jogador Mironga, aquele que era o sento- atrás do Tonga de Piragibe e nunca fez um Kabuletê que prestasse na seleção ou a escalação do Pato, um tumultuado backstreet boy que entrou no lugar do Ganso que sempre soube afogá-lo com bravura, eles adoram relembrar. Os machos odeiam replay de uma briga que poderia resultar num divórcio, mas amam rever trinta e três vezes (repetem que nem médico) o lance do pênalti do Armandinho Madureira meio- frente do Outlet de Milão.
Não dá para entender, não dá mesmo, que aquele mesmo homem que sempre disse pra você esquecer que ele chegou com cheirinho de Natura fêmea, pois "merda quanto mais mexe mais fede", insista em repetir que o “Branca de Neve” tinha que ter convocado a madrasta e não os onze anões. O jogo acabou. Dois pros Laranjas e um pros Canários. C’est fini!
Uma semana depois e os portadores de esperma continuam em frente à TV discutindo se aquele lance no final do segundo tempo do jogo de Gana foi mesmo pênalti. Replay. O juiz era ladrão! Replay. Replay. Replay. Vuvuzela que pariu! O juiz nasceu na Holanda, mas fez bronzeamento artificial para passar por africano.
Inconformados lembram que o zagueiro Combo de Guaratuba jogava muito mais que o atacante Amendoim de Pirapolim. Que ziquizira foi essa que deu na turma toda? Mais um replay e ai de nós se falarmos que o provérbio da merda funciona também para futebol. Ca-la-das!
Por fim, sem mais nada a fazer, você sugere uma música e ouve do fanzoca dos Rolling Stones : Pode colocar até pagode, menos o azarado do Mick Jagger. Santa Jabulani, o cara pirou!
Somos apenas nós, as mulheres, repetitivas por querermos discutir relação, por exigirmos flashback do lance que esfriou aquela paixão frenética? Em que diferenciamos desses marmanjos inconformados em perderem o título de hexa? De que adianta continuarem a bater nessa tecla e arrumar culpados? O Brasil jogou mal e ponto final. Que sirva de lição para a próxima copa!
Meninos lindos (como referencial cito o Cannavaro, prego que tesão!). Se nas meninas falta a coerência e sobra o desatino, com vocês ocorre a mesmíssima coisa, portanto o resultado dessa pelada é o empate técnico. Concordo que algumas vezes marcamos pênaltis, como quando a empregada falta. Quase revertemos em gol se estivermos de TPM, mas e vocês? Se o chefe chamar atenção de algum erro cometido (um cartão amarelo básico), se levarem uma fechada no trânsito, imediatamente fazem um golaço.
Sem rixa e sem chamar o juiz de bicha:
Estou começando a achar que os vitoriosos são vocês!
ps: os nomes dos jogadores e dos times foram inventados, exceto o Cannavaro.
Rosa Pena
Acabou a Copa e a vida voltou para a cozinha (aliás, o que se come durante os jogos faz dessa última campeã). Essa na África não desceu redondinha, ainda está na garganta.
Agora é chegada à hora das intermináveis mesas-redondas, quadradas, retangulares para se discutir a relação dos jogadores com as jabulanis, com o treinador, com as mazelas oriundas da Vuvu!
Relações amorosas? Eles, (os homens) odeiam discutir, mas as do Anão com o jogador Mironga, aquele que era o sento- atrás do Tonga de Piragibe e nunca fez um Kabuletê que prestasse na seleção ou a escalação do Pato, um tumultuado backstreet boy que entrou no lugar do Ganso que sempre soube afogá-lo com bravura, eles adoram relembrar. Os machos odeiam replay de uma briga que poderia resultar num divórcio, mas amam rever trinta e três vezes (repetem que nem médico) o lance do pênalti do Armandinho Madureira meio- frente do Outlet de Milão.
Não dá para entender, não dá mesmo, que aquele mesmo homem que sempre disse pra você esquecer que ele chegou com cheirinho de Natura fêmea, pois "merda quanto mais mexe mais fede", insista em repetir que o “Branca de Neve” tinha que ter convocado a madrasta e não os onze anões. O jogo acabou. Dois pros Laranjas e um pros Canários. C’est fini!
Uma semana depois e os portadores de esperma continuam em frente à TV discutindo se aquele lance no final do segundo tempo do jogo de Gana foi mesmo pênalti. Replay. O juiz era ladrão! Replay. Replay. Replay. Vuvuzela que pariu! O juiz nasceu na Holanda, mas fez bronzeamento artificial para passar por africano.
Inconformados lembram que o zagueiro Combo de Guaratuba jogava muito mais que o atacante Amendoim de Pirapolim. Que ziquizira foi essa que deu na turma toda? Mais um replay e ai de nós se falarmos que o provérbio da merda funciona também para futebol. Ca-la-das!
Por fim, sem mais nada a fazer, você sugere uma música e ouve do fanzoca dos Rolling Stones : Pode colocar até pagode, menos o azarado do Mick Jagger. Santa Jabulani, o cara pirou!
Somos apenas nós, as mulheres, repetitivas por querermos discutir relação, por exigirmos flashback do lance que esfriou aquela paixão frenética? Em que diferenciamos desses marmanjos inconformados em perderem o título de hexa? De que adianta continuarem a bater nessa tecla e arrumar culpados? O Brasil jogou mal e ponto final. Que sirva de lição para a próxima copa!
Meninos lindos (como referencial cito o Cannavaro, prego que tesão!). Se nas meninas falta a coerência e sobra o desatino, com vocês ocorre a mesmíssima coisa, portanto o resultado dessa pelada é o empate técnico. Concordo que algumas vezes marcamos pênaltis, como quando a empregada falta. Quase revertemos em gol se estivermos de TPM, mas e vocês? Se o chefe chamar atenção de algum erro cometido (um cartão amarelo básico), se levarem uma fechada no trânsito, imediatamente fazem um golaço.
Sem rixa e sem chamar o juiz de bicha:
Estou começando a achar que os vitoriosos são vocês!
ps: os nomes dos jogadores e dos times foram inventados, exceto o Cannavaro.
Rosa Pena
Enviado por Rosa Pena em 05/07/2010
Alterado em 07/07/2010
Alterado em 07/07/2010
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Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
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