Em suas mãos (bem escondidos) permanecem cativos os fios do tempo (em que sonhávamos). Eles não se rompem (nem se romperão) e se confundem com as linhas de vida da sua palma. A distância entre seus dedos é igual a nossa (pequena e grande) e eles (por hora) não fazem o V da vitória. Estão sem a alegria de outrora. O amor nos deixou frágeis (sempre deixa), sem a coragem de sermos o que fomos até ainda pouco (nós nos achávamos uma fortaleza).
Em suas mãos (bem escondidos) os fios farão uma ramagem que você sentirá quando eu (volta e meia) aparecer em suas lembranças (não vou deixar você me esquecer). O amor desconhece o prefixo ex, (quando verdadeiro, ainda que passageiro).O nosso é.
Novo livro de Rosa Pena
Rosa Pena
Enviado por Rosa Pena em 06/06/2010
Alterado em 13/04/2011