As pétalas não fazem parte da minha história. Coisa nova que vai virar memória. Elas são macias. Alguém disse para eu jogar uma de cada vez. Sei não! Todas juntas me escapam das mãos. Deixo que morem logo no chão.
Vão se juntando os momentos Tempos onde dizem que sou criança. A pétala não voa como bolha de sabão Não bate na vista das pessoas. Por que mamãe ficou com os olhos cheios de água?
Olho a noiva! Ontem era só a Carol. Abro as mãos com vontade Eu quero um monte delas outra vez, Mas não aquelas soltas Quero as que chamam de buquê.
É noite, mas existe um brilho de sol! Será que isso é o que chamam de felicidade? Acho que só vou saber com a idade.
Foto: João, meu sobrinho-neto, pajem do casamento de minha filha.
Rosa Pena
Enviado por Rosa Pena em 13/05/2009
Alterado em 29/09/2009