Pequeno, porém valente?!?!?!
Rosa Pena
Eu compreendo, ela ponderou. Entendo muitíssimo bem, repetiu ajuizada. Será como você quer, sem grude, sem cobranças, você e eu somos livres. Lembra das Frenéticas? Livre, leve e solto. Já superei... De verdade e mais, gostaria que você soubesse que não tenho nenhum ex-amor com quem eu não possa me sentar num café e rir do passado, sentir saudades do que nos fez bem, ainda que também tenhamos nos machucado um tantinho à toa. Na vida tudo é só uma questão de tempo. Claro, você tem toda razão, extrapolei mesmo, dei uma de alucinada, todos nós temos o direito de errar né? Agora é só amizade que quero, tipo trocar receitas, conselhos, confidências, favores, segredos. O quê? Vai ter que desligar assim de repente quando até ontem um passava pro outro essa terrível tarefa? Você já deletou nosso pretérito imperfeito? Ah, perdão, não, não, não vou mais insistir, bater na mesma tecla, pode ficar tranqüilo, não vou nem ligar mais pra você, tenho educação e orgulho, pois sei do meu mérito. Meu ego continua bem nas paradas! Tive homens bem diferentes em tipo físico, em gostos, na formação, na maneira de viver, mas todos, absolutamente todos, deixaram aqui algo bom de si. Acima de tudo carinho e respeito! Com classe, isso eu tenho de sobra, tudo se resolve. Pode dizer na paz o motivo do seu sumiço; tenho cabeça boa para ouvir. Queeeeeeeeê? Você já está com outra? Filho da mãe! Vai dizer agora que eu mereço coisa melhor? Essa é antiga! “Cachorro” quente podrão! Não desliga não! Agora vai ter que me ouvir também... Ok! Sem baixar o nível eu falo o que necessito e depois tchau! Alô! (ainda na linha?) Alôooooo! Vou ser rápida! Eu também menti para você! Quando? Nunca torci pelo Fluminense, sempre fui Flamengo e essa história de pequeno, porém valente é pura balela. No conjunto da obra você sempre foi moldado para segunda divisão. Até nunca mais seu descabeçado.