delirium tremens
Rosa Pena
Sou jazz em New Orleans, Chiquita bacana na Martinica, lança- perfume no carnaval, Brahma gelada na praia, cavaquinho na seresta, Elvira Pagã no paraíso, Marieta na história do Chico, feijão-com-arroz na fome, a pedra no caminho do Drummond, a tarde em Itapoã com Vinicius, bola no pé do Pelé, Veríssimo na prosa, Nara na bossa nova, Almodóvar no cinema, Woody Allen em cena, Marina do Dorival, vermelho na aquarela, primavera nas estações, Jobim no tom, Caetano na Tropicália, o contrabaixo do Paul, poupança no sufoco, o quociente da divisão, o último tango em Paris, Bolshoi no ballet, o complô no crime, a insônia do seu sono.
— Quando começou a confusão mental?
— Desde que abraçou o Veríssimo.
— Ela escapa?
— Com poesia tem chance. Não agüenta abstinência de lirismo, nem baixo astral!
Rosa Pena
Enviado por Rosa Pena em 30/01/2006
Alterado em 25/11/2012