07/01/2008 00h33
*

Uma flor chamada Lílian

Rosa Pena

para Lílian Maial

 

04/01/2008

 

Há em mim algumas certezas e muitas ânsias. Quero um tanto de serenidade: nem muito, nem pouco. Nem tanto a ponto de só querer raízes fortes enterradas, imóveis a qualquer tempo, nem a fragilidade dos finos caules que tombam a qualquer vento. Não quero o permanente banal, nem quero o formidável para sempre. Quero o fogo que transforma, quero a água fresca e mansa que acalma, pois mora em mim a inquietude de um formigueiro, mas também habita em mim a cigarra “trovadora”.
Quero acima de tudo sentir que, entre ciência que me fez médica e a inconsciência que me fez poeta, ainda existem corações que num eletro acusam que amar uns aos outros nunca foi em vão.
Que venham transplantes de safenas cobertas de ternuras para almas nanicas.

Fernando Pessoa já dizia que tudo vale a pena, quando elas não são pequenas.

 

 


Publicado por Rosa Pena em 07/01/2008 às 00h33





Site do Escritor criado por Recanto das Letras
art by kate weiss design