Passando a limpo
Rosa Pena
Ó como dói tentar sorrir, ficar numa boa, reinventar-se uma pessoa alto astral.
Vejo minhas duas garotas tristes, pois sei que quando um trio vira dupla o buraco se abre. Me agarro a ideia que um dia passará, que, quem sabe até, a ausência do que parece imprescindível, será um alívio! Mas, para a pequenininha está difícil, ela ainda tem os olhos cheios de sonhos, a fé intacta, a pureza verde, então esse ponto final é um mero entre parênteses, é uma brincadeira que ela não gosta. Está ruim demais.
Sobrou para mim, mais que adulta, mostrar que elas viveram um dos rascunhos que a existência costuma nos dar. São tantos... Que voltem a namorar a vida. Um dia chegará o príncipe.
E elas viverão felizes para sempre.
imagem:("Mãe e filha", Natalia Tejera)