28/10/2009 18h05
Palanque Marginal... o site que amo.
foto: Rosa e Barone

Eight years!

 
Rosa Pena
 
Ser ou não ser um escritor!
A mente em código e o coração em barra, assim deveriam ser os escritores.
Escrever é por vezes se debater contra os seus próprios limites, avisar a quem quer e a quem não quer saber, que na maioria das vezes a seda é um cetim bem chinfrim, é se esquecer que a lei do bom senso indica que o mais cômodo é ficar calado, é ignorar as consequências de abrir o verbo na primeira pessoa para quem nunca soube da sua existência, é rebentar com os muros da conveniência, é estilhaçar com a medida entre o bem e o mal. É um eterno reconstruir de conceitos. Ou é mais? Mais! É dar a cara a tapas.
 
Eis a questão:
Quem vai querer desvendar os hieróglifos de um sonhador e se identificar com eles? A ordem do mundo está por um chute e você, ainda que revoltado, abre um largo sorriso colgate nas entrelinhas do seu texto verdade ou derrama copiosas lágrimas num momento raro de vitória da fraternidade.
 
A solução:
Uma dia você descobre alguém Odara, aquela joia rara e aí nasce a esperança-certeza que sua loucura tem acompanhante. Sensação boa quando se percebe que valeu a pena a incessante busca de quem  irá puxar sua alegria, amenizar sua tristeza, pactuar com sua revolta, correr contigo atrás de “todos são iguais perante a lei”.A partir daí, escrever e ler já não serão atos tão solitários, pois vem uma certeza que não é apenas um par de olhos, os seus, que ouvirá seus gritos no papel.
O Palanque é isso. É terapia de grupo, é encontro de amigos, é uma tribo que respeita o ritual de cada qual, ou pode até ser clube da solidão. Liberdade a gente usa como quiser. Mas o mais importante nesse encontro semanal é que o cacique marginal sempre consegue passar uma deliciosa sensação de estréia em cada número que vai ao ar. Ele vibra, dá uma ênfase de primeira publicação, um gosto bom de início e isso nos estimula, escritores e leitores, a buscar mais e mais.
Quem disse que já se passaram mais de trezentas edições entre os seus olhos e os meus?
Oito anos... Palanque virando adolescente tão de repente. Filho a gente não percebe que cresce.
 
 

Publicado por Rosa Pena em 28/10/2009 às 18h05
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